sábado, 21 de abril de 2012

Primeiro video ...



Esse é o meu primeiro vídeo!!! É um incentivo para eu recomeçar, está bem básico, mas tem que ser assim mesmo, quero "começar do começo", treinar os movimentos  simples primeiro...  Vida de mãe é dificil, e retornar a vida de bellydancer (rsrsrsrs) é mais complicado ainda, mas eu serei persistente !


Dia de treinamento ?! e + uma historinha ...


  Vou recomeçar a treinar ; preciso de disciplina .  Ontem , meu filhote estava um pouco chatinho , e eu não tinha dormido direito na noite anterior , por causa de um vizinho idiota  , então , eu não tirei minha hora de treino - AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH- grito horripilante!!

   Mas hj eu compensei . Treinei giros , e um pouco de gran battement, pra fortalecer um pouco , pra quem não sabe do que se trata  lá vai :



    Não sou tão bailarina que nem elas !!!


                       
                                                   Um pequeno "causo" ...
    Certa vez , ja tem muiiitos anos , em um grupo que eu dançava  , a "responsável" nos colocou em um evento insólito , não sou preconceituosa nem nada , mas eu achei  uma falta de juizo  rsrsrsrs. 
    Formatura dos Massoterapeutas Cegos ! Adivinhem o que a "responsável"  me mandou dançar??
    Dança do bastão , duplo !!! OMG  elevado a décima potência . 



 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Como foi que tudo virou de cabeça para baixo - parte 2

  Digamos que eu saí de circulação quando deixei meu badalado habitat. Eu estava deixando minhas turmas, resolvendo as ultimas festas, tirando uma infinidade de coisas do meu armário e nesse vão de tempo, eu estava dando umas aulas (1X por semana) numa escola de danças variadas.

    Não é o que eu gosto de fazer, maaas, eu não queria ficar totalmente parada até resolver a viagem que não aconteceu.  Aliás eu vou ser sincera, de-tes-toooo  dar aula em academia, escolas de danças variadas. Abomino, me dá nos nervos mesmo. E por que?!! Simples...  poucas alunas fazem aula seriamente, as que fazem são desestimuladas com a alta rotatividade, não dá pra evoluir no ensino. Geralmente a Dança do ventre tem um dia/horario fixo, e só! Mistura-se: iniciantes + curiosas (que aparecem de somem) + crianças, é uó !
  Isso me lembra um tempo remoto, que eu dei aula numa academia de ginastica daqui. Eu odiava muito. O pagamento era uma miseria, o unha de fome do dono da academia ainda me deu calote... e muitas vezes a aula era invadida por alunOS (detalhe no OS) que ficavam zoando, quando eu fui reclamar, o que aquele ordinário me disse: " Ah professora, eles também tem direito, eles pagam !"  OMG!

   Voltando, como nosso plano deu errado, nós tivemos que ver uma casa. Depois de rodar um pouco, encontrei uma, com uma sala espaçosa na frente banheiro social e um espaço que separa dos outros comodos. Precisava de uma reforminha no piso e tal, mas era perfeita pra mim.

    Comecei devagar, nem tinha grana pra investir em divulgação, etc... então continuei com as aulas por aqui, mas muitas coisas aconteceram, e eu abandonei. Prefiro não entrar em muitos detalhes, mas  o que me fez abandonar, foi meu pai ficar doente, e depois ele acabou partindo...
     O estranho é que nesse tempo, tudo acontecia exatamente no dia que eu ia dar aula, internação, cirurgia, etc... Obviamente eu ia resolver os problemas familiares, sem sombra de dúvida, era o que mais importava.

     Esse foi um período cinzento. Perdi a vontade de dançar, mas eu lembrava dele me incentivando, lá no hospital. E querem saber, as coisas se embaralharam na memória. Esse período meio que ficou bloqueado...

(nessa foto, foi o último evento que participei antes de tudo virar de pernas pro ar, e a penúltima vez que meu pai me viu dançar...  a última foi no meu casamento)






Como foi que tudo virou de cabeça para baixo - parte 1

   Well, vou começar de onde parei. 
   Eu dava aula em uma escola famosa em SP. Era a fantasia de muitas estar lá, pra quem ta de fora, era puro glamour, luxo... mas só estando para saber. A vida era normal, tinha aquela espécie de "apartheid" inocente quase infantil (as mais antigas/preferidas - também conhecidas por semi-deusas X novatas), depois, novatas preferidas X novatas, mas era divertido, pelo menos eu nunca me incomodei com isso, eu circulava entre todos os círculos, me beneficiei muito com isso. Fiz grandes e queridas amigas, muitas colegas, e conheci o lado negro de algumas celebridades (isso é assunto pra outro post).

(que saudades das minhas queridas cabeçonicas)

    Sabe, esse mundinho Belly Dance é um pouco sombrio também... junto com a parte muito boa, tinham as histórias escabrosas, as belly dancers que não tinham lá grande talento, mas num piscar de olhos se tornavam quase semi-deusas por vias obtusas e obscuras, professoras que não faziam questão de dar aulas, só enrolavam as alunas deslumbradas com tanto strass, glitter e bate-cabelo. A parte podre tem em todas as áreas. 
   O que ninguem sabe, é que por trás do glamour todo, tinham professoras/bailarinas que ensaiavam muito, dançavam 999 vezes a mesma musica até ser concedido o direito de trocar de musica e ouviam esculachos diversos nos dias de treino. 

     Bom, tem muita historia sobre essa época... mas querem saber como entrei nessa terra tão cobiçada? 
 
   Vou resumir um pouquinho. Eu já dava aula, mas resolvi me reciclar quando conheci uma certa professora que veio parar aqui no interior (rsrsrs), desacreditei quando eu a vi dançar, pensei: PQP eu não sei dançar!!! Então, ao invés de entrar em crise existencial, perguntei onde ela tinha aprendido e fui atrás. Tive a paciência de começar do básico.
    Tudo se iluminou na minha mente, e um dia, quando eu estava fazendo uma apresentação solo (me lembro que estava com uma estola de penas pink) fui convidada a fazer parte do restrito mundo do glamour. Tem gente que fala que foi sorte, mas não foi não... antes disso a estrada foi longa, muito estudo, esforço etc. O começo foi muito difícil, afinal, se adaptar àquele estilo de aula era uma coisa totalmente avessa ao que sempre fiz, e tudo foi às pressas, uma apostila gigante com todas as aulas prontas, montar as sequências, alunas que não começaram comigo, algumas com aquele jeito de "vamos aporrinhar ela, ela não é nossa pro!!" (obs. eu havia assumido umas turmas de professoras antigas, foi uó).
    Rapidamente eu me adaptei a tudo. Passaram-se uns anos, muitas festas, eventos, aberturas de festivais, cheguei até a fazer parte do camarim das semi-deusas (rsrsrs), até que eu fui ficando muito, mas muito estressada. Certas coisas eu achava insuportável. Como a quantidade de vezes que o chefinho querido me podava  era aquela relação estranha, ele me tesourava, mas não me liberava pra outra unidade. Talvez por eu ser um pouco "rebelde" ou fora do padrão RK. 
    Eu estava cansada da jornada trem/metro/onibus, de sair de lá 22 hrs e chegar mais de meia noite em casa. Nesse tempo, eu estava às voltas com meu casamento, e com isso, bolamos um "plano infalível", era unir o útil ao agradável. Resolvemos sair do país. Fui deixando minhas turmas aos poucos (muitas meninas não quiseram continuar) até não ter mais nenhuma. Saí de lá. Mas eu não contava com uma peça que o destino pregou. A crise mundial... resultado, acabei não viajando, e fiquei sem emprego, sem dança.

    Não queria voltar atrás (eu estava com um nível tão alto de stress que me dava urticária, e eu acabava sempre no pronto socorro), e foi assim que eu decidi que ia dar aula "na minha terra mesmo". 

    Nuooossa tá tarde... vou nessa, amanhã conto mais bjo!
 
PS.: Hoje, eu resolvi treinar um pouco. Sério. rsrsrs. E vou filmar, e postar por aqui... aliás, aproveitei que meu princepezinho foi dormir e ja fiz o primeiro vídeo.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Diário de uma mãe voltando ao mundinho belly dance...

Um mini prefácio para começar. 
Milhares são os sites, blogs e afins sobre a Milenar Arte da Dança do Ventre. São muitas as informações, escolas, e são infinitos os sonhos e desilusões. Hoje, a barreira do preconceito foi vencida (ainda temos um caso ou outro mas deixa pra lá!), psicólogos e ginecologistas indicam como uma terapia. 
O número de praticantes é imenso e até querem ter a dança como sustento. Muitas mulheres só enxergam cor-de-rosa-purpurinado, muitas acreditam que podem um dia brilhar no palco, outras pensam que é impossivel ser uma diva por pelo menos uns minutos.
E eu resolvi contar a minha história. Sim, a minha história nesse mundinho Belly Dance... e não só os fatos que já foram, mas os que estão por vir. E a partir de hoje, esse blog, também virará uma espécie de diário. Hum... faltou uma dedicatória. 
Dedico esse espaço à todas as mulheres, independente de sua raça, profissão/ocupação ou desocupação rsrs, biotipo, à todas que de alguma forma se apaixonaram por essa dança que nos deixa dependentes. Às mulheres comuns, que gostariam de um dia subir num palco, com um nome artístico, cílios postiços, véus e muito brilho. Que sonham ao assistirem um show árabe... acreditem minhas queridas, isso é POSSIVEL! É para todas!!! E claro, ao meu marido (que é uma pessoa maravilhosa, e não me deixou rasgar minhas roupas e abandonar de vez tudo isso! - ps. Te amoo), minha vó (in memorian) que sempre me deu apoio, e até meu pai (in memorian) que antes torcia o nariz, quando estava na cama do hospital, me disse uma frase de incentivo (só de lembrar eu me emociono muito, então não vou escrever). Obrigada por me resgatarem.
P.S ... Não darei "nomes aos camelos, nem às odaliscas", simplesmente por uma questão básica de ética, afinal minha intenção não é expor ninguém, e muito menos espalhar a "corrupção".